Cento e setenta e sete minutos de jogos parelhos, disputados mais na vontade que na técnica, em maioria de marcação sobrepondo a criatividade. Em São Januário, dois lances cruciais: chute de Jorge Henrique, defesa de Prass. Gol de Alecsandro, impedido, ou não. Enfim, marcado. No Pacaembu, Diego Souza cara a cara, com oportunidade de driblar o goleiro, tocar por cima e até mesmo na saída do arqueiro, como fez. Triscada nos dedos de Cássio, bola fora. A bola pune? Com certeza, Muricy! E o ditado do "quem não faz, leva" foi concretizado pouco mais de 10 minutos depois. Cochilo da zaga carioca, um dos poucos nessas quartas que foram realmente de finais, e testada certeira de Paulinho, o perigoso e ótimo volante corintiano.
Ficou claro que o Corinthians teve mais colhões para decidir. Até porque, é proposta do Timão de Tite primeiro marcar para depois atacar, vencendo a maioria dos jogos pelo placar mínimo, o necessário. Se Diego Souza pecou, Juninho também não calibrou o pé, sentiu a velocidade da partida, Felipe foi mal utilizado, Rômulo errou muitos passes, Eder Luis? Nem vi. Faltou o toque de bola, a cadência, a paciência e coragem para vencer. Afinal, por que o medo de perder a vaga se nem a tinha conquistado ainda?
Não era o melhor elenco da Libertadores e nem favorito. Dizer que nos falta um atacante de ponta ou uma sombra pro Alecsandro, um lateral-esquerdo de confiança e um bom meia para compor o elenco é chover no molhado para a torcida. Devia ser também para a diretoria. Vozes ignoradas. Atitude que não pode ser repetida no Brasileirão, que, de forma alguma pode ser preterido. Competir em alto nível, com a mesma gana do ano passado é o que espero dos jogadores ontem vencidos. Se tem faltado pouco para voltar a gritar 'campeão', a cada campeonato tem me dado mais orgulho e satisfação de vibrar pelo meu Vascão!