quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ô, Dorival, respeite-nos, moço!



No duelo que reeditou o clássico lusitano da noite anterior, o Vasco da Gama, por sua história de glórias e representatividade, nesse caso, a metrópole sucumbiu à colônia paulista, a modesta e simpática Portuguesa, na Batalha do Canindé. As semelhanças com a partida entre Brasil e Portugal, na qual, os outrora colonizados dançaram o “Vira-Vira” com os gajos, em Boston, param por aí.

Jogo de incontáveis passes errados, fraquíssimo tecnicamente, muito por conta dos três volantes queixos-duro que o treinador vascaíno escalou.  Não é a primeira vez que Dorival Junior o faz em jogos fora de São Januário. Contra o Náutico, o virtual rebaixado que só venceu dois jogos, só deu certo porque os pernambucanos fazem por merecer a colocação que ocupam desde o início do Brasileirão. Ontem, contra a Portuguesa de jogadores mais azeitados e rodados, e em nítida recuperação no campeonato, a derrota não escapou.

Um gol em cada tempo, embora a Portuguesa tenha chegado pouco mais de duas vezes ao gol cruzmaltino. Evidente que o elenco do Vasco é limitado, mas o Dorival tem, sim, parcela de culpa pelo revés. Escalou e mexeu mal. Um fato. Insiste em jogadores que nunca deveriam ter vestido a camisa do Gigante. Rafael Vaz e Henrique devem ser titulares, e o Montoya merece mais chances por ser, talvez, o único com característica de camisa 10 no grupo. É bom técnico, tem bons serviços prestados ao clube, mas tem de rever alguns conceitos, testar outras táticas, para não causar ao vascaíno ‘Dor Igual’ àquela do amargo dezembro de 2008. 

É um puxão de orelha, um necessário alerta nesse returno, porque nessa história de gato escaldado, português e de bigode grosso: “Ô, Dorival, respeite-nos, moço”!