No duelo que reeditou o clássico
lusitano da noite anterior, o Vasco da Gama, por sua história de glórias e
representatividade, nesse caso, a metrópole sucumbiu à colônia paulista, a modesta
e simpática Portuguesa, na Batalha do Canindé. As semelhanças com a partida
entre Brasil e Portugal, na qual, os outrora colonizados dançaram o “Vira-Vira”
com os gajos, em Boston, param por aí.
Jogo de incontáveis passes errados,
fraquíssimo tecnicamente, muito por conta dos três volantes queixos-duro que o
treinador vascaíno escalou. Não é a
primeira vez que Dorival Junior o faz em jogos fora de São Januário. Contra o
Náutico, o virtual rebaixado que só venceu dois jogos, só deu certo porque os
pernambucanos fazem por merecer a colocação que ocupam desde o início do
Brasileirão. Ontem, contra a Portuguesa de jogadores mais azeitados e rodados, e
em nítida recuperação no campeonato, a derrota não escapou.
Um gol em cada tempo, embora a
Portuguesa tenha chegado pouco mais de duas vezes ao gol cruzmaltino. Evidente
que o elenco do Vasco é limitado, mas o Dorival tem, sim, parcela de culpa pelo
revés. Escalou e mexeu mal. Um fato. Insiste em jogadores que nunca deveriam ter
vestido a camisa do Gigante. Rafael Vaz e Henrique devem ser titulares, e o
Montoya merece mais chances por ser, talvez, o único com característica de
camisa 10 no grupo. É bom técnico, tem bons serviços prestados ao clube, mas
tem de rever alguns conceitos, testar outras táticas, para não causar ao
vascaíno ‘Dor Igual’ àquela do amargo dezembro de 2008.
É um puxão de orelha, um necessário
alerta nesse returno, porque nessa história de gato escaldado, português e de
bigode grosso: “Ô, Dorival, respeite-nos, moço”!
Um comentário:
Brilhante texto. É de conhecimento dos vascaínos a limitaçao do elenco, mas, continuar escalando Youtun, Abuda... é de matar!
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