quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Pode vibrar, torcida alvianil!


Ela foi clamada, conclamada e bastante requisitada. Não é nenhuma Miss, modelo, atriz global, mas, também tem lá seu prestígio com os marmanjos. A estrela deu um gelo em seus admiradores, tratou de centrar as atenções para outros focos. Só que, é como aquele joguinho de conquista: charme, certezas, incertezas, e, enfim, o flerte consolidado, o compromisso. Vai ser assim, ao menos uma vez por mês a belezura dará o ar da graça, assinado em cartório com testemunhas, inclusive, oculares. E a torcida, enfim, pode vibrar: “ôôô, a crônica voltou, a crônica voltou!”

Como não poderia deixar de ser, em grande estilo, com pompa até para estreia de coletes. Até porque, diferentemente do baba babado da última semana, sem o perdão da repetição, o clássico de ontem, no imponente Gigante de Santa Lúcia, foi elétrico, de altíssimo nível e decidido nos últimos suspiros da campainha. O início foi acirrado, com boas defesas e voos do dragão aracruzense e do arqueiro motivador, destaque positivo da partida, principalmente por ter saído vencedor. Por falar em voo, o primeiro tento pegou carona em um pombo sem asa, dos pés do serelepe meia com alcunha no diminutivo. E que não seja confundindo com o seu amigo, também tratado por “inho”, que por pouco não teve sua presença ameaçada.

Estreia de ex-junior de time de empresários carioca, ainda fora de ritmo, é verdade, mas importante para a vitória de sua equipe, ao marcar gols de oportunismo e sorte. Do lado da equipe perdedora, Marcos Valério, segundo seu advogado, 5 kg menos pesado, fez valer as quase duas semanas de abstinência alcoólica – também de acordo com ele. Comandou as melhores jogadas, armou e deu passes para o outrora eficiente goleador que recentemente teve passagem pelo futebol sul-africano. A torcida, de um torcedor só, que se deliciava com um Mc Donald´s, ainda observou a movimentação e disposição do meia britânico, sempre eficiente em chutes de média e longa distância.

11 a 9 para o selecionado celeste. Como diria o folclórico narrador Jefferson Costa nas partidas do Pit-bull do Norte: Pode vibrar, torcida alvianil! Diferença definida num corre-corre e perdas incríveis de gols. Contemplamos gol de goleiro, tabelas bem sincronizadas, corta-luz, bolas na trave e a agilidade marcante do pós-graduando Reuter. Não poderia deixar de citá-lo. Afinal, além de ter dado um upgrade no grupo ao incrementar as estatísticas por meio da tabela de resultados, é um dos principais entusiastas e testemunha ocular, vide por seu apelido, do retorno da mais amada depois da pelota: a crônica que pauta as resenhas inacabáveis nos nossas botecos de ‘todos os dias’.