quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Pode vibrar, torcida alvianil!


Ela foi clamada, conclamada e bastante requisitada. Não é nenhuma Miss, modelo, atriz global, mas, também tem lá seu prestígio com os marmanjos. A estrela deu um gelo em seus admiradores, tratou de centrar as atenções para outros focos. Só que, é como aquele joguinho de conquista: charme, certezas, incertezas, e, enfim, o flerte consolidado, o compromisso. Vai ser assim, ao menos uma vez por mês a belezura dará o ar da graça, assinado em cartório com testemunhas, inclusive, oculares. E a torcida, enfim, pode vibrar: “ôôô, a crônica voltou, a crônica voltou!”

Como não poderia deixar de ser, em grande estilo, com pompa até para estreia de coletes. Até porque, diferentemente do baba babado da última semana, sem o perdão da repetição, o clássico de ontem, no imponente Gigante de Santa Lúcia, foi elétrico, de altíssimo nível e decidido nos últimos suspiros da campainha. O início foi acirrado, com boas defesas e voos do dragão aracruzense e do arqueiro motivador, destaque positivo da partida, principalmente por ter saído vencedor. Por falar em voo, o primeiro tento pegou carona em um pombo sem asa, dos pés do serelepe meia com alcunha no diminutivo. E que não seja confundindo com o seu amigo, também tratado por “inho”, que por pouco não teve sua presença ameaçada.

Estreia de ex-junior de time de empresários carioca, ainda fora de ritmo, é verdade, mas importante para a vitória de sua equipe, ao marcar gols de oportunismo e sorte. Do lado da equipe perdedora, Marcos Valério, segundo seu advogado, 5 kg menos pesado, fez valer as quase duas semanas de abstinência alcoólica – também de acordo com ele. Comandou as melhores jogadas, armou e deu passes para o outrora eficiente goleador que recentemente teve passagem pelo futebol sul-africano. A torcida, de um torcedor só, que se deliciava com um Mc Donald´s, ainda observou a movimentação e disposição do meia britânico, sempre eficiente em chutes de média e longa distância.

11 a 9 para o selecionado celeste. Como diria o folclórico narrador Jefferson Costa nas partidas do Pit-bull do Norte: Pode vibrar, torcida alvianil! Diferença definida num corre-corre e perdas incríveis de gols. Contemplamos gol de goleiro, tabelas bem sincronizadas, corta-luz, bolas na trave e a agilidade marcante do pós-graduando Reuter. Não poderia deixar de citá-lo. Afinal, além de ter dado um upgrade no grupo ao incrementar as estatísticas por meio da tabela de resultados, é um dos principais entusiastas e testemunha ocular, vide por seu apelido, do retorno da mais amada depois da pelota: a crônica que pauta as resenhas inacabáveis nos nossas botecos de ‘todos os dias’.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quando o Barcelama acabou com o combinado

Sabe qual é o resultado do confronto entre uma equipe bem montada, disciplinada, rápida e objetiva contra um combinado que mais parecia um bando em campo? Se não tem noção do placar, conto aqui mais ou menos como foi.

O Barcelama, time leve, de ataque e contra-ataques velozes capitaneados pelo trio ligeirinho - Messi, Sanchez e Iniesta - não tomou conhecimento do adversário, mal escalado, apático e, após tantas pancadas, desorientado. O selecionado se assemelhava tanto a seu 'homônimo' melhor do mundo que até o arqueiro era apenas razoável, como Valdés é para o Barça. Já que aqui a cultura é Sempre Bolar e caçoar dos boleiros, também perco o amigo, mas não a piada.

Falando nisso e aproveitando a polêmica no STF do escândalo do Mensalão, temos de lembrar que os perdedores contaram, dessa vez, com um dos réus do esquema, o acusado e perseguido mineiro, herdeiro de empresa do ramo de comunicação, Valerão (leia-se, na vida real, Marcos Valério). Por motivo de prisões preventivas, ele não pode comparecer às duas últimas peladas, mas, protegido por habeas corpus, voltou aos holofotes, que ofuscaram seu já desgastado futebol.

No gramado, foi repetida a dupla Mito e Clyde Gordo Seedorf Abreu. Funcionou algumas vezes e o resultado, é claro, foi o gol. Entretanto, o que lhes sobrou - a movimentação - por incrível que pareça, foi o que faltou em demais jogadores do combinado. Repito essa palavra  porque mais pareceu mesmo aqueles amistosos "Combinado do País Basco contra o Barcelona". Enfim, o resultado foi o dobro pra um e metade pra outro. Matematicamente, 22 a 11 para os espanhóis genéricos. Leonel (meia-atacante inteligente, de toques rápidos e objetivo), Andreas (meia cerebral, rápido e de bom arremate) e Alexis (ponta ligeiro, incansável e goleador) sobraram, com o auxílio de Mascherano (joga simples, às vezes bate, mas sempre sério), Daniel Alves (bom jogador por osmose) e de um Valdés motivado. E foi assim que o Barcelama acabou com o combinado!

Enquanto um time abusou do direito de errar, ser individualista e pouco inspirado, o outro, que saiu vitorioso, soube muito bem utilizar o antônimo das características acima. A arte esteve mais uma vez presente no Gigante de Santa Lúcia. Caneta de rolinho dos pés de Valerão em Alexis Reuter Sanchez e linhas de passes perfeitas que resultaram em tento abrilhantaram a partida, marcada pela superioridade do Barcelama sobre o combinado.

Pra que na próxima terça o baba seja tão disputado quanto descrevi na última crônica e que não haja discussões como pudemos testemunhar ontem, combinemos, cambada: A pelada é brincadeira, descontração, mas futebol é coisa séria!


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A batalha de Santa Lúcia

Se não a mais, foi uma das que chegaram ao pódio das mais disputadas. De invejar os calorosos embates entre mateenses e venecianos, sempre cheios de disposição e técnica. Essa foi a definição da Batalha de Santa Lúcia, na noite de ontem, que foi contemplada com contagem errada do site - 13 jogadores em vez de 12 - estreia, voltas e participações especiais de eternos integrantes do grupo. O mais esperado do baba, especulado já nas horas que antecediam o clássico, era nada mais nada menos que um mateense bom de bola, jogador profissional ainda vinculado a um clube carioca. Entretanto, para surpresa de alguns: o segundo a ser escolhido. O primeiro, quase uma unanimidade, o Mito, regente de um dos exércitos.

Lembremos outros ingredientes requintados para a peleja. Foram eles: David Beckham mais uma vez em campo, já que aproveitou a vinda à Capital para rescindir contrato com o ex-clube e marcou presença; o zagueirão neocarioca, integrante de honra do Boleiros do Norte, Cascadura como o bairro em que morou no Rio, o quase sempre espoleta e inteligente ponta flamenguista, de pisante novo, à la Kaká e o falastrão pseudo-avante motivador Gordo Abreu. Sem tirar o prestígio dos demais atletas, dignos de prêmios de coadjuvante, se lembrarmos principalmente o golão por cobertura do meia no diminutivo, em lance estilo Chaves "sem querer, querendo".

Vamos aos fatos! Coletes distribuídos, gorduchinha rolando e gorduchinhos, aos poucos, se movimentando. David, após curta passagem pelos Pampas, ainda indeciso sobre escolhas recentes, cometeu falha primária ao cobrar lateral e entregou de bandeja o primeiro tento nos pés do miúdo maravilha carioca; me apropriando do linguajar do CM, pra quem já jogou. O segundo veio logo depois. E o terceiro e quarto. O revezamento era necessário, já que, dessa vez, havia um step, um boleiro sobressalente, um banco de luxo. Do quarto em diante, o equilíbrio reinou, a partir do momento em que o Mito, de letra, desviou forte chute a gol. Defesas emblemáticas em jogadas bem trabalhadas. De um lado, o pivozão, inspirado, acertava bons passes, até mesmo de calcanhar. Segundo ele, Dr. Sócrates o invejou. É. Só falta começar a fumar, amigo!

Lance crucial

Diante de uma louvável recuperação, mesmo com derrapadas do camisa 8 britânico, recém chegado do Reino Unido e com a contribuição positiva de DB7, recuperado da falha inicial ao marcar gols importantes e oportunistas para que a equipe encostasse no placar, quando o score apontava 10 a 9, o Gigante de Santa Lúcia parou para admirar uma pintura. O estreante mostrou seu cartão de visitas, riscou o chão com os pés, pincelou a pelota, que, milimetricamente ludibriou os dedos do bom goleiro aracruzense e rabiscou a retangular meta, de cima pra baixo. Rede balançada, 11 a 9, obra de arte assinada! Continuo nesse tom pitoresco, porque uma tabela bem feita também não deixa de ser plástica. E foi assim que o meia inglês, o dono da criança, entregou a pequena para o astuto ponta, recebeu de volta à feição e, com um simples toque, embalou o 11 a 10. Um suspiro para o time que, cinco minutos depois, saiu derrotado.

Nesses 300 segundos finais (jornalista sabe fazer conta também) o que se viu foi uma batalha épica, digna mesmo dos 300 espartanos (valeu, Robgol!) contra um poderio ofensivo arrebatador, que, só não aniquilou o adversário, por causa da entrega, disposição alheia e ironia do destino, porque não?! Chute cara a cara e, na pequena área, quando o empate parecia eminente, Gordo Abreu, seguindo o instinto arqueiro, conseguiu engolir a bola, de costas. Parecia mesmo ser a sina dele jogar com a parte traseira. Linha de passes entre o camisa 8 e Mito, passe retribuído de chaleira, sem goleiro, era só escorar para o gol. Como uma machadada mortal, a zaga do time vencedor se jogou na redonda, evitou a igualdade e, minutos depois, deu-se fim à batalha de Santa Lúcia. Dessa vez, a justiça foi feita e os troianos saíram vitoriosos.

 Dizem que a vida imita a arte. Mas, aqui, no nosso mundo boleiro, de brincadeiras, peladas e resenhas, um complementa o outro.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Aos Vitais: Vovó e Vascão

21 de agosto. Dia especial, que não poderia passar em branco aqui no Sempre Bolar. Vovó Luzete completa 85 anos. Mãe duas vezes, amorosa, sempre preocupada com os filhos, marido, netos, bisnetos, afilhados, eterna professora, seja do beabá ou de pegadinhas, desenhos e palavras-cruzadas. Memória incrível, apesar de alegar o contrário. Brincalhona, talentosa, muito querida e digna de todas as bênçãos e alegrias que a vida a proporciona. Palmas e meus agradecimentos a ela, homenageada singela e merecidamente nessas primeiras linhas.

Palmas e palmadas para outra paixão que aniversaria nessa terça-feira. Escrito também com as iniciais do 'V' de vovó, de vitória, de Vasco da Gama e seus 114 anos completados hoje. Se a matriarca Esteves merece apenas congratulações, o amado clube carioca deve ser celebrado por todas as conquistas, sim. Sejam elas de títulos ou de cunho social na história, como o pioneirismo ao incluir em seu elenco profissional os primeiros negros. No entanto, o puxão de orelha, que as vovós costumam evitar em seus netinhos, tem de ser aplicado na diretoria cruzmaltina. Até porque, no contexto futebolístico, o Vasco está mais para vovô sem vergonha do que para neto mimado.

Cadê o fôlego?

Aproveitando as Olimpíadas, que ainda estão frescas nas pautas de jornais, rádios e tevês, coloquemos o Gigante da Colina nas raias da natação. Tem um passado de bons resultados, conquistas, à exemplo de Gustavo Borges e Xuxa. Porém, a safra não foi renovada em um intervalo de dez anos, por falha dos agentes responsáveis, quando o Vasco deixou de somar títulos e formar ídolos e o esporte aquático sobreviveu do mesmo Gustavo. Após chegar ao fundo do poço, a Segundona, o time se reergueu, por meio de uma gestão pés no chão e voltou a figurar no cenário nacional e continental. Nas raias, surgiu Thiago Pereira, Cielo e o ouro olímpico em Pequim.

Nas piscinas, quatro anos mais tarde, uma prata, um bronze e a decepção daqueles que esperavam a confirmação do favorito Cesão. Investimentos insuficientes ou em grande escala concentrados em poucos atletas? Em São Januário, debandada de quatro importantes jogadores, depois de o entrosado elenco ter abocanhado o título da Copa do Brasil em 2011 e ter chegado às finais de quase tudo o que disputou após a redenção. Foram para o exterior Fágner, Diego Souza, Rômulo e Allan. Com exceção desse último, todos titulares absolutos. As reposições foram feitas corretamente? Wendell, bom meia, tem jogado muito bem. Auremir é uma aposta. Jonas ainda não pode mostrar o futebol elogiado no auge do Coritiba. Casalberto? Aposta da aposta.

A competição está em curso e a equipe, entre braçadas e pernadas sincronizadas, permaneceu um bom tempo à frente de rivais mais técnicos, encorpados. Sete jogos sem tomar gols. Agora todos estão quase no meio da piscina, o fôlego cruzmaltino parece estar se esgotando sem uma nova oxigenação, principalmente nos órgãos vitais, como o cérebro (meio-campo pensante, armador). Prass, Dedé, Juninho e Felipe não podem ser os únicos protagonistas nesse revezamento. É a hora da virada, bater os pés e impulsionar o Vasco para os últimos e decisivos metros. Até o momento, estamos com o bronze do Cielo no peito. E já sabemos que a prata do Thiago não nos interessa mais.

No melhor estilo barata, 'morde e assopra', agradeço ao Vascão por ter se tornado marca registrada em minha personalidade. Por todas as alegrias, vitórias, momentos de união entre familiares e amigos vascaínos e até mesmo os quases tão subestimados por adversários.

Porque "és minha vida, minha história, meu primeiro amigo"!


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Alegria de pobre dura pouco

À contragosto inicio a primeira crônica de agosto. Quem pensa que não queria escrevê-la, tá enganado. Na verdade, não queria ter deixado de comentar a dedicação da aquisição mateense na penúltima pelada dos Boleiros do Norte. Pra quem não se lembra, o jogador teve passagem recente pelo Velho Continente, com atuações de destaque inclusive na Ilha de Malta. Conforme prometido, está aqui a referência à apresentação do versátil boleiro, que, ora ajudava na marcação, ora chegava para concluir em gol. Ao fim dos sessenta minutos, vitória do selecionado que também contou com a presença do meia britânico, em sua segunda partida, já com um ritmo de jogo mais aceitável. Do outro lado, estavam o Mito e o arqueiro motivador, nas últimas semanas, mais conhecido por Gordo Abreu.

Contextualizemos para a noite da última terça-feira. Mais uma vez, a dupla dinâmica e de peso junta, com o atacante uruguaio fazendo o trabalho de pivô a todo instante, praticamente uma âncora na composição da imponente nau da equipe vencedora. Mesmo cornetados por ex-jogadores em (in) atividade, - um diz-se lesionado e o outro tem sofrido com as constantes promoções de carne no supermercado Epa e acolhida do concorrido Valerão - o mítico jogador e o fanfarrão arqueiroavante conseguiram desenhar boas jogadas, trocas de passes e gols com o importante auxílio de duas contratações alcunhadas no diminutivo. Não pelo futebol apresentado dos dois, mas talvez por apelidos carinhosos da família.

O placar logo anotou um tento a zero para o time comandado pelo meia britânico. No entanto, como sugere aquele ditado "Alegria de pobre dura pouco", em minutos, sofreu a virada. Pobres de criatividade, de vontade e de liderança. Sucumbiram a um elenco bem montado, motivado. 11 a 8, com destaque também para o novo pisante do mais oportunistas dos atacantes. Tão chamativo quanto seu futebol. Às vezes uma canelada, outras, um balaço pro fundo do barbante.  

Nessa levada de chute a gol, conclui-se também a outro alvo: os carentes de brilho no baba dessa semana têm a oportunidade de se recuperarem em poucos dias. Porque não são pobres de espírito. Pelo contrário, estiveram pobres no futebol e a alegria durou pouco. Mas o aprendizado é infinito. E, sabemos, podemos contar com cada boleiro para reerguer a beleza e resultado que um dia faltou. Porque o que mais vale é a resenha depois, interminável, divertida e o elo que nos faz contar os dias para uma nova apresentação!

terça-feira, 31 de julho de 2012

Ele voltou? É Mito. Coisa de Loco!

Não foi a reestreia dos sonhos. Esteve mais para dos sonos. Nem teve toda a pompa que o velho e bom meia britânico merecia, por conta de uma dezena de desfalques, justificáveis ou não, que diminuíram um pouco o brilho do retorno do jogador. Lesões, prisões ou futuros matrimônios. Enfim, a verdade é que os novos reforços, sendo dois de última hora, não deixaram a peteca cair e o futiba foi bastante disputado. Depois de uma temporada de seis meses nos gramados do Palácio de Buckingham e Pubs do Velho Mundo, o armador, ainda acima do peso e visivelmente fora de ritmo, sentiu o pega da pelada, jogada quase ininterruptamente há cinco anos.

E nA Hora da estrela, como diria Clarice Lispector, (parafraseando um BBB - Baiano Bom de Blog: tome um Clarice Lispector aí na caixa dos petchos, papá!) quem deu a bola foi a dupla de peso: Gordo Abreu, que, excepcionalmente, deixou as balizas para estufar redes alheias, com jogadas orquestradas pelo Mito, elemento surpresa, com passes e lançamentos precisos e gols importantes no decorrer do racha. Não teve jeito. O uruguaio desbancou o avante argentino, mais uma vez ausente, mesmo se encontrando próximo ao Gigante de Santa Lúcia. Ao invés de forçar no SL, figurava na SF novamente. Já nosso bom filho, que à casa tornou, deixou sua marca uma ou duas vezes, pra não dizer que passou em branco.

 Gols cá e lá, a todo instante. Viradas, empates, viras-viras, até que o time também formado pelo meia-armador mineiro, nas últimas resenhas tratado por cornetas como ex-jogador em atividade, tomou a dianteira do placar e não largou mais. Dois dígitos pra cada lado. Diferença de três gols para os sul-americanos, de coletes brancos. Mérito para o atleticano, hoje lembrado por elogios, assim como toda a equipe, que tocou muito bem a bola, num geral, e soube chegar com facilidade ao gol adversário. O selecionado vencedor, vale o destaque, não teve goleiro de ofício, diferente do rival, que contava com o Dragão pouco inspirado. Inclusive, não dormirá no frio, já que tomou duas coberturas. Pinturas! Uma do presidente, de letra. E, outra, do artilheiro do baba, Clarence Clyde Seedorf, mais conhecido por "arqueiro motivador", com um caprichoso toquinho.

Na contra-mão das Olimpíadas, após a peleja, ele, que seria o astro da noite, com todos os holofotes voltados para si, declarou: "Preciso de pelo menos umas 10 peladas para voltar ao ritmo normal", revelou o veterano do Boleiros do Norte, que voltou da Inglaterra justamente quando a competição teve início. Mas, hemos de convir: as noites de terça-feira de futebol e resenha, com cobertura do Sempre Bolar, têm sido muito mais emocionantes que as transmissões da Record nos Jogos Olímpicos. E, o melhor, todos sabemos que o show tem e vai continuar!

No final do jogo, questionaram o goleador da noite sobre o que achou do retorno do britânico. O holanuruguaio, sempre folclórico, de bate-pronto, devolveu: "Ele voltou? É Mito. Coisa de Loco!"

Pois, bem, presidente que sou, faço as honras da casa:

Welcome, my old friend!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Eis que surge O Fada do Dente

"Pediu pra parar, parou". Essa foi a orientação transmitida, antes do início do jogo, pelo presidente do grupo, o Mito, ao nosso Fada do Dente, que será assim chamado tanto pela aparência, quanto pelo esporte praticado. O hóquei, porque para quem não sabe, o xerife do clássico desta noite é adepto do esporte, e, apesar de goleiro com taco na mão, na peleja de hoje fez como o personagem do filme: destruiu os sonhos de um jovem. Nem tão novo assim, porque se tornou na mesma terça engenheiro, ou, estatística, como acharem melhor. Mas, a verdade é que o atacante argentino foi praticamente anulado pelo destaque dessa crônica. Antecipações, vigor físico e até mesmo sorte foram as armas que o Fada utilizou para, enfim, desbancar o avante, que, sambou, pedalou, esperneou, no entanto, não foi páreo para a marcação gigante a homem.

Celestes e laranjas duelaram equilibradamente por uma hora. Defesas difíceis, dignas de pontuação no Cartola, do arqueiro motivador e do inspirado Dragão. Alcunha advinda de sua torcida aracruzense, da performance que nos levou a crer que tem asas, e, é claro, da beleza em falta. Os azuis, comandados também por um reforço mateense, de toque e domínios refinados, cadência e frieza na frente do gol, estiveram à frente do placar em quase todo o tempo. Do outro lado, os alaranjados contavam com uma espécie de bagaço. Talvez porque esteja acostumado a revezar no gol e em suas peculiares bicicletas e voleios, mas, hoje, não rendeu o esperado. Resultado: 12 a 10 para os alvianis, 100% torcedores da Associação Atlética São Mateus.

Destaque negativo para a cãibra da aquisição canela-verde. A idade, a cachaçada e a teimosia pesaram e quase complicaram a atuação até então regular do jogador. Após uma derrota vexatória na última semana, o placar da peleja voltou ao normal. Dois dígitos para cada lado, mas, como estamos em época de eleição, houve uma margem de erro de dois para mais ou de dois para menos. Melhor para os Blues!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Valeu por você existir, amigo!

Pra não dizerem que o Sempre Bolar só contempla o papo de boleiro, inicio aqui um singelo agradecimento àqueles que me acompanham em todos os gramados da vida: meus irmãos de pais diferentes, os órgãos vitais, os meus amigos. Não tem como deixar de lado a importância que o futiba tem na família que construímos. Desde as peladas nas escolas de São Mateus, inúmeras discussões futebolísticas, a conversa jogada fora nos bancos de nossos bairros, as intermináveis zoações, o início das baladas, das ciumentas ou não namoradas, do verão de Guriri,e, quando a zorra começou a ficar séria, nas novas convivências e experiências da Capital.

Repúblicas, novas relações nas faculdades, cursinhos e distância da família que foi escolhida pelo Nosso Pai, algo inédito para muitos.  As adversidades só fortaleceram ainda mais nossas verdadeiras amizades. A vida persiste em nos testar, as oportunidades surgem. Uns migram para outros estados, países, alguns tomam outros rumos, que, mesmo perto, se distanciam por motivos diversos. Por outro lado, a metrópole nos reserva gratas surpresas, já que reúne, em uma só Ilha, maravilhas de espécimes de variados lugares, que, em busca de estudos, carreira profissional, nos presenteiam com o que têm de melhor: a confiança, reciprocidade, afinidade, a essência da tão festejada amizade.

E esses gostos afins também são descobertos tempos depois, mas, nunca tarde. As amizades inesperadas, que poderiam ter sido iniciadas há longa data, e, por capricho da vida, nasceram agora, também têm grande valor. Pai amigo, mãe e irmãs amigas, primo-irmão-amigo, são infinitos tipos, queridas pessoas que abrilhantam o "Meu Lugar". Não me refiro à Madureira de Arlindo Cruz, mas, sim, o local onde minhas energias são revigoradas, onde encontro os amores que tenho por lá e são difíceis esquecer.

São vocês que me movem, como já havia dito recentemente ao agradecer pela presença dos irmãos em nossa casa na Ilha do Prazer. Não importa o time, o credo, a idade, a distância e empecilhos que são impostos, ou, involuntariamente, nos impusemos, porque, juntos, formamos uma imponente seleção. Sem dúvidas, a melhor do mundo! Nessa sexta comemorativa, justo dia da semana para celebrarmos o que já festejamos há décadas, aproveito para abraçá-los, um por um, e dizer: Valeu por você existir, amigo!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Qual foi o caso?

Apatia, displicência, falta de comando, de sangue nas veias, e, talvez, até a carência de um meia cerebral, que deixou os gramados do Gigante de Santa Lúcia para brilhar em terras gaúchas. Ninguém soube ao certo explicar o que aconteceu com o selecionado verde. Qual foi o caso? - Questionaria Geo, vulgo Alex Escobar, se fizesse uma análise do jogo. Cabe até a piada de que ainda não estava maduro, tamanha a facilidade que a outra equipe achava os gols. Surgem agravantes: ex-jogador em atividade, como diria Paulo César Vasconcellos, da Sportv, que havia devorado um senhor prato de feijão tropeiro horas antes da pelada. Dois lampejos em três minutos e doses de oxigênio para o rapaz, por favor! O atrito do goleiro motivador com sua alma gêmea na noite do racha. E, invés de namorar com sua noiva (É. Isso mesmo: N-O-I-V-A), teve de flertar várias vezes com a própria rede, para buscar as bolas que não paravam de balançá-la.

Enxurrada de gols. No placar, dois dígitos pra lá e um pra cá. Fato inusitado nas terças-feiras, que costumam ser de clássicos disputados. Houve reforço no verde que não correspondeu às expectativas, Mito em dia de razoável futebol e órfão de companheiros para desenhar boas jogadas, além de a outra equipe contar com jogadores pra lá de inspirados. Pode ser aquela história da crônica passada, de quando Saturno se alinha a Júpiter. Vai saber o tamanho da sorte dos laranjas!

Quero esclarecer aqui o que foi dito na resenha pós-peleja. O núcleo de informática do blog fazia manutenção nesse espaço até agora há pouco. Dei uma arrochada nos camaradas e conseguiram colocá-lo à feição, como adora dizer o maestro Junior, para um post melancólico, no nível do futebol apresentado pela equipe perdedora. Corria o risco de não haver texto essa semana, no entanto, durante as centenas de abdominais para manter o tanque nos trinques, pensei, matutei e cheguei à conclusão que ele precisaria sair. Escrever só quando vencemos ou erramos pouco? De jeito nenhum. A pelada é para confraternizar, mantermos, na medida do possível, uma vida saudável, ou tentarmos equilibrar os dias de gelada durante a semana.

O destaque dos vencedores foi o conjunto. Time bem escolhido, postado e liderado pelo atacante hermano, que, apesar de ter alegado dores no pé, desceu "la bananitcha" no arqueiro outrora imbatível. Alaranjados, comemorem, zoem, aproveitem, porque semana que vem tem mais. Para a nossa alegria!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

See u later, David, tchê!

Uma terça-feira fria, característica da temperatura amena das noites de inverno. Mas não era um dia qualquer em Vitória. Tratava-se da despedida de um dos astros do Boleiros do Norte, o inglês David Beckham, bem adaptado ao nome de nossa Capital - vide a graça de sua famosa esposa. Após se destacar nos gramados do reino de Elizabeth, o galático teve passagem na constelação madrilenha, badalou em Milão, até oferecer seus lançamentos, tanto de bola quanto de moda, nos States.

E, foi lá, mais precisamente, em San Diego e Park City, que o jogador passou por seus dias mais difíceis, longe da família e amigos. O camisa 7 teve de prestar serviços comunitários como lavador de prato, por conta de incidente protagonizado na saída de uma boate, quando fugiu de briga registrada por paparazzis, e, a justiça americana, que condena a covardia, o sentenciou ao trabalho social em uma lanchonete, num período de 6 meses.

Agora, sim, que chegamos à veracidade dessa história, floreada no início apenas por se tratar da despedida do amigo boleiro, anuncio que o Internacional, de Porto Alegre, o contratou para ocupar o lugar de Oscar, já que, com a eminente saída do meia, o mais novo ídolo Diego Fórlan, ficaria sem as preciosas assistências e lançamentos. A partir do próximo mês, garantidos pela contratação de David.

Depois desse senhor parenteses, voltemos à peleja. O nível, desta vez, não foi digno das costumeiras apresentações. Desfalques surgiram e reforços que não pareciam à altura chegaram. Por incrível que pareça, compensaram a deficiência técnica com a disposição física, vontade, e, inclusive, drible desconcertante na estrela da noite, seguido de gol. Beckham não deixou por menos e tratou de empatar a partida na jogada seguinte, em toque sucinto, mas, mortal para o arqueiro motivador. Garantida sua média, um gol a cada dois babas, DB7 abriu seu arsenal e iniciou a série de passes longos e jogadas pretensiosas.

A pelada foi disputada do início ao fim, com placar definido em 11 a 11. E foi o que menos importou, se também levarmos em consideração que cinco atletas se espelharam em alguns profissionais do eixo Rio-São Paulo, e, antes do clássico, se esbaldaram no aconchegante Valerão. A ausência de um avante argentino, já esperada, tem muito a ver com a mudança de sobrenome, que será firmada em cartório nas próximas horas, de acordo com informações do diário hermano Olé.

Em nome de todos os Boleiros do Norte, agradeço à contribuição do mais novo gaúcho David Beckham, mesmo que tenha sido apenas para completar os 12 jogadores, ou, em dias que Saturno se alinhava a Júpiter, por seus gols espíritas - como o clássico cruzamento que terminou em gol - permitidos pela astrologia. Esperamos que não seja uma despedida definitiva e que a ponte aérea RS-ES e as corriqueiras promoções de passagens contribuam para que a resenha seja mantida de vez em quando. Portanto, em alto e bom tom, o Gigante de Santa Lúcia brada: 'See u later, David, tchê!'

terça-feira, 3 de julho de 2012

O em (b) (p) ate dos guerreiros

Coletes vermelhos apertados, brancos folgados. De um lado, Índice de Massa Corpórea, o famoso IMC, anotava algo perto dos 90 Kg após cálculo do projeto de engenheiro, quando tirou a média, digamos, adiposa, dos rubros. Do outro, a balança imaginária apontava 75 kg, com margem de erro de 2 para mais ou para menos. 

Enredo de uma sonora goleada, como já havia anunciado alguns integrantes do selecionado branco. Mas o futebol é uma novela, com história já esperada por todos? Apesar de também prender a atenção de multidões, o esporte bretão nos surpreende a cada partida. E foi assim na noite de hoje, no Gigante de Santa Lúcia. Charles Miller já avisava: Quem corre é a bola. E os cheinhos, roliços como a pelota, de fato, tiveram de correr. Mas, atrás do placar.

O endiabrado avante argentino, que vestia a camisa 18 dos magricelas, começou com tudo. 4, 5 gols seguidos, com dois tentos do adversário. A tônica da pelada foi essa, com boa atuação dos dois times, apesar da esperada supremacia, de toque de bola e fôlego, dos mais leves. No entanto, os vermelhos contavam com um arqueiro motivador, que mexe com o psicológico do adversário. E, quando o placar estampava 4 gols para a equipe esbranquiçada, o que se viu foi realmente um apagão no time. Testemunhas oculares - apesar de um ser alcunhado 'Cegão' - não souberam dizer se foi alguma força externa, a chegada de ilustres torcedores, mas, o selecionado branco não sabia o que fazer.

E foi aí, com muita determinação, aproveitando a pane adversária e com ousadia, que os rolicinhos chegaram ao empate e à virada. Tornou-se mais heroico ainda, se contar o sacrifício de três atletas, machucados, guerreiros, espirituosos e solidários. O marcador chegou a 12 a 10, até que o incansável Foguinho estufou duas vezes a rede, após despertar na partida e colocou números finais ao clássico. 

terça-feira, 26 de junho de 2012

A magia de um grande arqueiro

Ou de um arqueiro grande? Mais uma terça-feira prazerosa, de momentos de alegria, risadas e contemplações na pelada dos Boleiros do Norte F.C, no Gigante de Santa Lúcia. Lances inusitados, plásticos e inesperados: goleiro de mão (só mão?) cheia aplicou caneta desconcertante em meia, no meio da área, no meio das pernas, que levou jogadores ao chão, de tanto rir. O mesmo meia, bom marcador, razoável armador e finalizador, não deu um pique pra ninguém. Apenas reclamou e admitiu durante o baba.

O mito, sempre participativo, não decepcionou mais uma vez. Artilheiro, junto a um reforço colatinense, mais conhecido por Richarlyson (não sei se é por causa do futebol, sinceramente). Tomaram o posto do ausente, decadente e amante loiro fogueteiro, que tem apelido de avante argentino. Os outros boleiros, não menos importantes, fizeram a parte deles. Não tiveram destaque positivo ou negativo citados dessa vez. Mas, a peleja continua. Oportunizaram gols a favor e contra, com placar favorável ao selecionado laranja. Pra que citar nomes? Somos todos um grupo, de novos e velhos amigos, que se respeitam, brincam, se divertem e resenham mais que tudo!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Vascão e Timão: venceu quem teve colhões

É. Parece que as decepções com o Vasco me inspiram a escrever aqui. O meu alento é que, pela quantidade de posts, não devo ter muito o que reclamar do time nos últimos tempos. E não tenho mesmo. Paramos de passear em competições. O esquadrão cruzmaltino voltou a entrar para vencer. Pelo contrário, hoje ele atrai os apaixonados vascaínos a passear no Rio e vibrar, torcer, gritar, prestigiar uma partida decisiva, com casa cheia e colorida, como tive a alegria de fazer por duas vezes na Libertadores deste ano.

Cento e setenta e sete minutos de jogos parelhos, disputados mais na vontade que na técnica, em maioria de marcação sobrepondo a criatividade. Em São Januário, dois lances cruciais: chute de Jorge Henrique, defesa de Prass. Gol de Alecsandro, impedido, ou não. Enfim, marcado. No Pacaembu, Diego Souza cara a cara, com oportunidade de driblar o goleiro, tocar por cima e até mesmo na saída do arqueiro, como fez. Triscada nos dedos de Cássio, bola fora. A bola pune? Com certeza, Muricy! E o ditado do "quem não faz, leva" foi concretizado pouco mais de 10 minutos depois. Cochilo da zaga carioca, um dos poucos nessas quartas que foram realmente de finais, e testada certeira de Paulinho, o perigoso e ótimo volante corintiano. 

Ficou claro que o Corinthians teve mais colhões para decidir. Até porque, é proposta do Timão de Tite primeiro marcar para depois atacar, vencendo a maioria dos jogos pelo placar mínimo, o necessário. Se Diego Souza pecou, Juninho também não calibrou o pé, sentiu a velocidade da partida, Felipe foi mal utilizado, Rômulo errou muitos passes, Eder Luis? Nem vi. Faltou o toque de bola, a cadência, a paciência e coragem para vencer. Afinal, por que o medo de perder a vaga se nem a tinha conquistado ainda?

Não era o melhor elenco da Libertadores e nem favorito. Dizer que nos falta um atacante de ponta ou uma sombra pro Alecsandro, um lateral-esquerdo de confiança e um bom meia para compor o elenco é chover no molhado para a torcida. Devia ser também para a diretoria. Vozes ignoradas. Atitude que não pode ser repetida no Brasileirão, que, de forma alguma pode ser preterido. Competir em alto nível, com a mesma gana do ano passado é o que espero dos jogadores ontem vencidos. Se tem faltado pouco para voltar a gritar 'campeão', a cada campeonato tem me dado mais orgulho e satisfação de vibrar pelo meu Vascão!  

domingo, 6 de maio de 2012

Atacante do Vasco? Até Lela faz careta

Que o Vascão da Gama precisa urgentemente de um centro-avante que transmita confiança para o torcedor, todos sabemos. Porque pro Alecsandro, o 9 vascaíno, até o Lela, pai do atleta, tem feito sua peculiar careta de quando comemorava seus gols pelo Coxa. In loco - apesar da segunda palavra ter sido um trauma para os cruzmaltinos - pude conferir o que já era quase certeza pela tevê: Alecshow não tem a mínima intimidade com a bola. No estádio, parece que aguça a deficiência técnica daqueles que as possui e dos que esbanjam talento, por exemplo, Felipe. Que elegância e gentileza com a pelota!

Se a diretoria não tem capacidade ou ousadia para contratar um goleador convincente, que traga ao menos uma sombra para o irmão do Ricky. Élton fazia muito bem esse papel. Tanto que foi o dono da vaga por diversos jogos na temporada passada. Compare os avançados das outras equipes cariocas. De quem é a preferência se Alecsandro for comparado com Loco Abreu, Vágner Love ou Fred?

Não se pode negar que ele teve participação importante no, digamos, ressurgimento do Vasco no cenário nacional e intercontinental. No entanto, acompanha e contribui com a força do conjunto, com atletas cascudos e decisivos, como Diego Souza, Felipe e Juninho. O elenco precisa de um atacante que, quando o time não está bem, quando as jogadas não dão certo, ele surge, por meio de técnica, velocidade, talento ou até mesmo estrela, para resolver. Que apareça como uma surpresa rotineira para extasiar a torcida.

Dinamite, não pedimos o Neymar, mas um centro-avante que, ao menos, presenteie os vascaínos constantemente com 'alegria', por causa de seu futebol e 'ousadia'.  

Antes de concluir, um recado: Fágner, se não quer mais entrar em campo pelo Vasco - aliás, isso já não tem feito em partidas importantes, principalmente - peça pra sair logo. Vá para o Fluminense, o lugar que for, e que tenha a mesma sorte que teve a maioria dos atletas vascaínos que migraram para as Laranjeiras nos últimos anos. Porque o Vasco da Gama é Gigante. E tem muita gente que sonha em vestir essa respeitada camisa!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Enque (n) tíssima do Boleiros do Norte F.C

Serei objetivo e direto, nada de prolixo, como manda o figurino. (Toma um prolixo aí na caixa dos petchos!).  Amigos integrantes do grupo Boleiros do Norte F.C, de acordo com o estatuto do Só Tem Jogador Direito (STJD), qual é a punição aplicada ao atleta que confirma presença na pelada e não comparece ao jogo?

Agravantes: não avisou a qualquer membro sobre sua ausência e só não prejudicou a brincadeira porque havia um atleta a mais nesta quinta-feira, às 23h30, no Gigante de Santa Lúcia. Levemos em consideração que o 'jogador' trabalha na Petrobras, como ele mesmo diz, é filho de ex-deputado, mora na Praia da Costa, Vila Velha, e é sócio de um restaurante bem frequentado em Vitória. Aí vai a enque (n) tíssima:

a) Pagar três grades de cerveja para o grupo Boleiros do Norte F.C, para, assim, sair o tão esperado churrasco

b) Permanecer uma pelada e as resenhas pré / pós-partida sem abrir a boca para falar

c) Nunca mais contar mentira, principalmente aquelas relacionadas ao Botafogo, que dão início a inúmeras discussões futebolísticas que não levam a lugar algum, já que costuma relembrar Nilton Santos e Garrincha

d) Todas as alternativas anteriores

Peço ajuda aos boleiros Gabriel Floret Peres nas questões jurídicas do STJD, aos amigos engenheiros, que lidam com cálculos para, caso a alternativa ganhe, somar os gastos do réu para garantir a cachaçada do churrasco. E, a todos, que assinalem no blog e no Facebook a melhor alternativa.

Grato.

Presidente do Boleiros do Norte F.C, Rhayan Mito Esteves

domingo, 4 de março de 2012

2012, enfim, conhece os Boleiros do Norte

E foi dado o pontapé inicial para as disputadas peladas do grupo Boleiros do Norte F.C em 2012. Não é bem o pontapé desferido por Caniggia no novato Helinho. Digo os primeiros toques, caneladas e chutes na bola do ano, no Gigante de Santa Lúcia, o society que adotamos há pelo menos cinco anos para as brincadeiras de mateenses, venecianos e amigos. Alguns desfalques decorrentes de viagens para o exterior, outros a carreira profissional os levou para fora do Estado, mas, registro aqui, o agradecimento pelos anos de boleiragem. Vida que segue e sejam bem-vindos, boleiros estreantes!

O protagonista da partida, de novo ele nesse texto, o endiabrado Caniggia, vulgo André, estufou as redes com menos de um minuto de pelada. Após temporada em gramados africanos, o jogador voltou virado na zorra, como diria meu coroa. Mais leve do que antes de partir pra África do Sul (pensava ser impossível), foi dele também o segundo gol do jogo.

Escalados de colete amarelo, com Caio Falastrão Abreu no gol, Dimas, Jean "Vá Treinar Finalização no Cepe", Bibil, Corona e Caniggia, o time A dominou a maior parte da pelada, com boas tramas no ataque e bons lançamentos do goleirão. No entanto, do outro lado, liderado por este que vos escreve, o conjunto do manto azul, ainda estrelado pelo debutante Helinho, Piccolo Beach Soccer, Diogo Mozer, Lucas Quanta Classe Fantin e pelos reforços Osvaldo e André - que se revezaram, deu trabalho para o adversário, sobretudo nas chegadas do zagueirão Diogo, tabelas dos atletas Helinho e André, além dos oportunos passes e defesas do polivalente Rhayan, o presidente.

Em uma hora de partida, após a agremiação de colete amarelo ter conseguido certa elasticidade no placar, quase sucumbiu às investidas da outra equipe. E, em momento crucial da pelada, após cinco minutos de redes intactas, embate equilibrado, 8 a 7 amarelos, eis que a bola é levantada despretensiosamente na área celeste. Lucas Fantin na bola, ajeitou-se para colar a pelota no corpo e sair jogando, estufou a caixa torácica e... gol contra. Como dizem alguns membros de resenhas mateenses, ninguém entendeu nada! Um salto de 2 cm para dominar a criança, ela foi mais serelepe, tocou delicadamente o ombro do jogador e foi de encontro com a rede do então pouquíssimo vazado goleiro Rhayan Esteves. Segundo tento contra do time, se lembrarmos que o Alegria nas Pernas Helinho já havia cometido a mesma proeza, de chapa, pro fundo da própria meta.

Nove a sete apontava o placar e a sirene na eminência de tocar. O jogo ainda foi contemplado por dois gols de cada lado até o momento em que o proprietário e tocador de sirene Mazinho, realizou sua tarefa e, então, a pelada findou-se. 11 a 9 para o time de amarelo na primeira pelada de 2012.

Destaque negativo para o meia-armador Jean Soares, que, parece ter sido Furtado seu já precário instinto de goleador. Esteve por duas vezes de frente para o gol, livre de marcação e titubeou demais. Vale lembrar o recado do amigo boleiro Ramon Bonomo: Treino de finalização no Cepe, toda quarta-feira, às 16h. Fica a dica!

Amigos, a crônica foi escrita à pedidos e, assim como a tônica da pelada, tem objetivo de apenas brincar, confraternizar e integrar os atletas, que, boas praças que são, entenderão. Até a próxima e que os protagonistas e coadjuvantes, mas Boleiros do Norte, sempre façam a nossa alegria!


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Vice-campeão da Taça Guanabara

Regularidade não vence mata-mata. O Fluminense fez sua melhor partida no ano, com Deco e Thiago Neves acertando quase tudo o que tentavam. O Vasco, que não fez seu pior jogo nessa temporada, foi prejudicado por falhas individuais. Fellipe Bastos não sabe cercar, marcar e roubar bolas. Onde deveria estar, o adversário encontrava os espaços. Fágner, cogitado para ser convocado pela seleção, não pode cometer uma falta tão infantil dentro da área, sem ser um perigo concreto de gol. Pênalti. 1 a 0 Flu. Espaços para jogadores do calibre de Deco, Fred e Thiago Neves são fatais. 2 a 0 Flu, em jogada de craque, perspicácia e total lucidez do luso-brasileiro. Falha de marcação, que deixou o meia levantar a cabeça, idealizar e concretizar a pintura. Erro também de Fernando Prass (esse, com créditos de sobra para tanto). 

Cristóvão Borges peca - e não é de hoje - em não modificar a equipe quando o placar está adverso e o time não encaixa. Contra-ataque tricolor. 3 a 0, caixão e vela verde, vermelha e branca. As entradas de Felipe e Kim foram tardias e, após trezentos cruzamentos, um achou a cabeça do robozão Eduardo Costa, que havia entrado no lugar do Bastos. Mudança tão inútil quanto o gol vascaíno, se não para amenizar o ar de goleada. 

Diego Souza, irregular há dezenas de partidas, se limita a receber bolas de costas para a marcação e escondê-las sem objetivo de gol, colocando fim à coletividade. Não é a primeira vez que digo. Contra o Flamengo, teve a estrela de desempatar a partida. Um lampejo e nada mais. Juninho e Dedé foram os únicos que se safaram da atuação abaixo do esperado da equipe, após um desempenho 100% na Taça GB. Rodolfo, ah, Rodolfo! Você não é um Neymar para fazer firulas, dar chapéu e muito menos volante para sair jogando. 

É preciso que Rômulo, Eder Luis e o versátil Allan voltem urgentemente a jogar. E que o Vasco tenha equilíbrio em partidas decisivas como a de ontem e as próximas da Libertadores. Mas o grupo, num geral, não pode ser desmerecido. A união e regularidade já os fez chegar às últimas etapas de cinco campeonatos em intervalo de um ano. A dupla Ricardo-Cristóvão tem muitos méritos e nenhum 2º lugar vai apagar a gana desse Gigante, que despertou após anos decadentes.

Ajustes e críticas à parte, como já havia dito, é muito bom voltar a incomodar e chegar em finais. Ser vice-campeão é do jogo. A história do Vasco da Gama é de conquistas, glórias e ser segundo colocado também engrandece uma equipe que tem ido até o fim na maioria das competições. Mas, tentar gozar com o dos outros parece ser muito melhor, né?!

Quanto ao Fluminense, campeão da Taça Guanabara, só falta acertar o sistema defensivo, que ainda deixa a desejar. Do meio pra frente, pode fechar os olhos e agradecer, Abel!