terça-feira, 3 de julho de 2012

O em (b) (p) ate dos guerreiros

Coletes vermelhos apertados, brancos folgados. De um lado, Índice de Massa Corpórea, o famoso IMC, anotava algo perto dos 90 Kg após cálculo do projeto de engenheiro, quando tirou a média, digamos, adiposa, dos rubros. Do outro, a balança imaginária apontava 75 kg, com margem de erro de 2 para mais ou para menos. 

Enredo de uma sonora goleada, como já havia anunciado alguns integrantes do selecionado branco. Mas o futebol é uma novela, com história já esperada por todos? Apesar de também prender a atenção de multidões, o esporte bretão nos surpreende a cada partida. E foi assim na noite de hoje, no Gigante de Santa Lúcia. Charles Miller já avisava: Quem corre é a bola. E os cheinhos, roliços como a pelota, de fato, tiveram de correr. Mas, atrás do placar.

O endiabrado avante argentino, que vestia a camisa 18 dos magricelas, começou com tudo. 4, 5 gols seguidos, com dois tentos do adversário. A tônica da pelada foi essa, com boa atuação dos dois times, apesar da esperada supremacia, de toque de bola e fôlego, dos mais leves. No entanto, os vermelhos contavam com um arqueiro motivador, que mexe com o psicológico do adversário. E, quando o placar estampava 4 gols para a equipe esbranquiçada, o que se viu foi realmente um apagão no time. Testemunhas oculares - apesar de um ser alcunhado 'Cegão' - não souberam dizer se foi alguma força externa, a chegada de ilustres torcedores, mas, o selecionado branco não sabia o que fazer.

E foi aí, com muita determinação, aproveitando a pane adversária e com ousadia, que os rolicinhos chegaram ao empate e à virada. Tornou-se mais heroico ainda, se contar o sacrifício de três atletas, machucados, guerreiros, espirituosos e solidários. O marcador chegou a 12 a 10, até que o incansável Foguinho estufou duas vezes a rede, após despertar na partida e colocou números finais ao clássico. 

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