terça-feira, 31 de julho de 2012

Ele voltou? É Mito. Coisa de Loco!

Não foi a reestreia dos sonhos. Esteve mais para dos sonos. Nem teve toda a pompa que o velho e bom meia britânico merecia, por conta de uma dezena de desfalques, justificáveis ou não, que diminuíram um pouco o brilho do retorno do jogador. Lesões, prisões ou futuros matrimônios. Enfim, a verdade é que os novos reforços, sendo dois de última hora, não deixaram a peteca cair e o futiba foi bastante disputado. Depois de uma temporada de seis meses nos gramados do Palácio de Buckingham e Pubs do Velho Mundo, o armador, ainda acima do peso e visivelmente fora de ritmo, sentiu o pega da pelada, jogada quase ininterruptamente há cinco anos.

E nA Hora da estrela, como diria Clarice Lispector, (parafraseando um BBB - Baiano Bom de Blog: tome um Clarice Lispector aí na caixa dos petchos, papá!) quem deu a bola foi a dupla de peso: Gordo Abreu, que, excepcionalmente, deixou as balizas para estufar redes alheias, com jogadas orquestradas pelo Mito, elemento surpresa, com passes e lançamentos precisos e gols importantes no decorrer do racha. Não teve jeito. O uruguaio desbancou o avante argentino, mais uma vez ausente, mesmo se encontrando próximo ao Gigante de Santa Lúcia. Ao invés de forçar no SL, figurava na SF novamente. Já nosso bom filho, que à casa tornou, deixou sua marca uma ou duas vezes, pra não dizer que passou em branco.

 Gols cá e lá, a todo instante. Viradas, empates, viras-viras, até que o time também formado pelo meia-armador mineiro, nas últimas resenhas tratado por cornetas como ex-jogador em atividade, tomou a dianteira do placar e não largou mais. Dois dígitos pra cada lado. Diferença de três gols para os sul-americanos, de coletes brancos. Mérito para o atleticano, hoje lembrado por elogios, assim como toda a equipe, que tocou muito bem a bola, num geral, e soube chegar com facilidade ao gol adversário. O selecionado vencedor, vale o destaque, não teve goleiro de ofício, diferente do rival, que contava com o Dragão pouco inspirado. Inclusive, não dormirá no frio, já que tomou duas coberturas. Pinturas! Uma do presidente, de letra. E, outra, do artilheiro do baba, Clarence Clyde Seedorf, mais conhecido por "arqueiro motivador", com um caprichoso toquinho.

Na contra-mão das Olimpíadas, após a peleja, ele, que seria o astro da noite, com todos os holofotes voltados para si, declarou: "Preciso de pelo menos umas 10 peladas para voltar ao ritmo normal", revelou o veterano do Boleiros do Norte, que voltou da Inglaterra justamente quando a competição teve início. Mas, hemos de convir: as noites de terça-feira de futebol e resenha, com cobertura do Sempre Bolar, têm sido muito mais emocionantes que as transmissões da Record nos Jogos Olímpicos. E, o melhor, todos sabemos que o show tem e vai continuar!

No final do jogo, questionaram o goleador da noite sobre o que achou do retorno do britânico. O holanuruguaio, sempre folclórico, de bate-pronto, devolveu: "Ele voltou? É Mito. Coisa de Loco!"

Pois, bem, presidente que sou, faço as honras da casa:

Welcome, my old friend!

Um comentário:

Caio Ferreira disse...

Cada vez que leio uma resenha sua, vejo que ai tem um talento muito desperdiçado pelo The New York Times. Pqp. Vc é demais nas palavras. Parabens parceiro. Nosso time está colecionando várias Vitórias, ou melhor, como diria em Londres Winners. kkkkkkkkkkkkkk