quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Alegria de pobre dura pouco

À contragosto inicio a primeira crônica de agosto. Quem pensa que não queria escrevê-la, tá enganado. Na verdade, não queria ter deixado de comentar a dedicação da aquisição mateense na penúltima pelada dos Boleiros do Norte. Pra quem não se lembra, o jogador teve passagem recente pelo Velho Continente, com atuações de destaque inclusive na Ilha de Malta. Conforme prometido, está aqui a referência à apresentação do versátil boleiro, que, ora ajudava na marcação, ora chegava para concluir em gol. Ao fim dos sessenta minutos, vitória do selecionado que também contou com a presença do meia britânico, em sua segunda partida, já com um ritmo de jogo mais aceitável. Do outro lado, estavam o Mito e o arqueiro motivador, nas últimas semanas, mais conhecido por Gordo Abreu.

Contextualizemos para a noite da última terça-feira. Mais uma vez, a dupla dinâmica e de peso junta, com o atacante uruguaio fazendo o trabalho de pivô a todo instante, praticamente uma âncora na composição da imponente nau da equipe vencedora. Mesmo cornetados por ex-jogadores em (in) atividade, - um diz-se lesionado e o outro tem sofrido com as constantes promoções de carne no supermercado Epa e acolhida do concorrido Valerão - o mítico jogador e o fanfarrão arqueiroavante conseguiram desenhar boas jogadas, trocas de passes e gols com o importante auxílio de duas contratações alcunhadas no diminutivo. Não pelo futebol apresentado dos dois, mas talvez por apelidos carinhosos da família.

O placar logo anotou um tento a zero para o time comandado pelo meia britânico. No entanto, como sugere aquele ditado "Alegria de pobre dura pouco", em minutos, sofreu a virada. Pobres de criatividade, de vontade e de liderança. Sucumbiram a um elenco bem montado, motivado. 11 a 8, com destaque também para o novo pisante do mais oportunistas dos atacantes. Tão chamativo quanto seu futebol. Às vezes uma canelada, outras, um balaço pro fundo do barbante.  

Nessa levada de chute a gol, conclui-se também a outro alvo: os carentes de brilho no baba dessa semana têm a oportunidade de se recuperarem em poucos dias. Porque não são pobres de espírito. Pelo contrário, estiveram pobres no futebol e a alegria durou pouco. Mas o aprendizado é infinito. E, sabemos, podemos contar com cada boleiro para reerguer a beleza e resultado que um dia faltou. Porque o que mais vale é a resenha depois, interminável, divertida e o elo que nos faz contar os dias para uma nova apresentação!

Um comentário:

Unknown disse...

Hahaha sensacional, otima resenha!! Continue com esses bons textos e tbm com o refinado futebol ahaha