segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Craque a gente faz em casa

O término do Brasileirão traz um vazio pra nós, que acompanhamos futebol e esperamos pelos jogos em todos os meios e fins de semana, né? Ainda mais esse campeonato, tão disputado e emocionante até a última rodada. Não é nada fácil ter que aceitar novamente o programa do Faustão ocupar a tarde inteira de domingo e, às quartas, nos depararmos com os 'inéditos' filmes da Globo na tevê. O torcedor não se contenta com Tela Quente, Super Cine. 

O amante do futebol gosta do desfecho da novela, daquela negociação que ainda está no forno, cozinhando, dourando até poder ser apresentada e apreciada. E as especulações e movimentações começaram. Alguns clubes já anunciaram reforços, outros esperam para sacramentar nos bastidores antes de externar o acerto. Sites esportivos e as mídias sociais alimentam em real time os "Vai-Vem", "Central do Mercado" e similares.

As contratações são fundamentais, sem dúvidas. Mas o momento também é de observar. O Campeonato Brasileiro Sub-20 está em andamento no Sul do País. Talentos prontos para terem uma chance no time profissional por todo o lado. Em contrapartida, têm olheiros de equipes de todas as partes do mundo analisando cada joia brasileira e, sorrateiros, podem levar futuros brilhantes para outros continentes, sem nem deixá-los mostrar o que sabem e proporcionar alegrias para as torcidas daqui. 

Nosso futebol e economia estão valorizados. Hoje comemoramos as permanências de Lucas, Neymar, Casemiro, Ganso, Oscar, que, há poucos anos, se destacavam em torneios de base, como a Copa São Paulo. Grandes jogadores estão voltando, craques sul-americanos têm brilhado em campos brasileiros e os torcedores, de uma maneira geral, se reacostumaram com a fortalecimento das maiores equipes e com o retorno e surgimento dos ídolos. Com planejamento, responsabilidade e investimento, podemos mostrar que, como o faz com muita eficiência o Barcelona, craque a gente também sempre fez e faz em casa. 

Por falar no assunto, coincidência ou não, hoje, 13 de dezembro de 2011, completam 30 anos que o Flamengo conquistou o Mundial Interclubes, em cima do Liverpool, com gols de Nunes e Adílio. E aquela geração espetacular, responsável por uma década de conquistas e de angariar milhares de torcedores, era formada por jogadores da base rubro-negra, que se tornaram ídolos, maestros de um time que até hoje sobrevive nas lembranças da torcida. É um exemplo e tanto que corrobora o título desse texto. 

2 comentários:

Leonardo disse...

Assim como o Barcelona de hoje. Já passou da hora dos clubes voltarem a investir na base. Que o diga o Santos.

Leandro Scardini disse...

Belo texto meu amigo.